num orgasmo
a luz azul
turquesa quase
neon, austera
austríaca
de tanto frio
projeta
a silhueta
na parede
do quarto
e contorcia
não músculo
tendão
espreguiçando
o corpo como lava
e vulcaniza
então
a luz azul
faísca, pisca
como quem aplaude
o tímido espetáculo
especulo
na quase
escuridão
do quarto
elas
sou eu desfolhada
naquelas
que se deixam
refletir na íris outra