sábado

poema descritivo, de minuto.

 num orgasmo
a luz azul
turquesa quase
neon, austera
austríaca
de tanto frio

projeta
a silhueta
na parede
do quarto

e contorcia
não músculo
tendão
espreguiçando
o corpo como lava
e vulcaniza

então

a luz azul
faísca, pisca
como quem aplaude
o tímido espetáculo

especulo

na quase
escuridão
do quarto

elas

sou eu desfolhada
naquelas

que se deixam
refletir na íris outra